Participam do evento, que acontece de 6 a 8 de junho, secretários de Formação da CUT nacional e da executiva da CUT Pernambuco, além de educadores e coordenadores e presidentes das CUTs do Nordeste.
Escrito por: Assessoria de Imprensa da CUT-PE • Publicado em: 06/06/2017 - 22:34 • Última modificação: 06/06/2017 - 22:49
Na manhã desta terça-feira (6),a conjuntura política e a mística cultural marcaram a abertura das atividades do Coletivo Nacional de Formação da CUT (Conafor 2017), no auditório do Sindsprev-PE, Centro de Formação e Lazer, bairro da Guabiraba,no Recife. Inicialmente uma homenagem singular à paraibana Margarida Maria Alves pela luta em defesa dos trabalhadores. Participam do evento, que acontece de 6 a 8 de junho,os secretários de Formação da CUT nacional e da executiva estadual da CUT Pernambuco, além de educadores e coordenadores e presidentes das CUTs do Nordeste.
Os trabalhos de abertura foram coordenados pela secretária nacional de Formação, Rosane Bertotti que parabenizou todos os formadores pelo fortalecimento da política de formação e organização que destaca a Central como protagonista nas ações estratégicas de luta em defesa dos direitos e das conquistas históricas da classe trabalhadora. Vários dirigentes sindicais do Nordeste e de outras regiões do Brasil participam do encontro, cujo objetivo é refletir sobre a atual conjuntura, apontando os principais desafios da CUT e o papel da Formação Sindical nesse contexto politico-sindical.
O presidente da CUT, Carlos Veras, a secretária de Formação, da CUT-PE, Ana Isabel, a secretaria nacional de formação adjunta, Sueli Veiga, além da coordenadora da Escola Nordeste, Lúcia Silveira e o representante do Sindsprev, Luiz Eustáquio, participaram dessa atividade.
Logo depois o tema “o desafio da formação sindical e a atual conjuntura” foi colocado em discussão com as exposições de secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, e do professor de sociologia Mario Ladosky, da Universidade Federal de Campina Grande.
Na opinião de Mario Ladosky, a classe trabalhadora brasileira enfrenta há alguns anos um cenário muito difícil e adverso, com vários ataques aos seus direitos e as organizações, além de toda criminalização politica. “Vivemos um contexto histórico muito ruim, Enfrentar essa situação requer das direções sindicais e da militância dos movimentos sociais uma reflexão: entender exatamente o que se passa para armar sua ação, dentro de um objetivo e da estratégia da classe trabalhadora”, assinalou. Ladosky salientou ainda que a formação sindical, hoje, se reveste de uma importância vital, maior do que em outros contextos políticos.
Em sua intervenção, Sérgio Nobre, destacou que, nesse cenário politico discutir a comunicação e a formação são fundamentais, para dialogar com o população, cuja finalidade é mostrar que as reformas de Temer em curso no Congresso e Senado não tem nada a haver como a grande mídia tem falado. A reforma trabalhista não vem para modernizar, muito ao contrário, vem para desmontar toda a legislação trabalhista, uma conquista de mais de 70 anos da classe trabalhadora brasileira, irá transformar o emprego em “bico”, rebaixando o salário, diminuindo o consumo. Nobre afirmou que o emprego de qualidade, estável e com salário digno será trocado pelo contrato temporário e o trabalho intermitente. “O melhor caminho é retirar essas reformas da pauta e discutir com a classe trabalhadora e a sociedade. Alertamos que a Lei da Terceirização aprovada ataca todos os direitos dos trabalhadores (as) como férias, 13º salário, jornada de trabalho, garantias de convenções e acordos coletivos. A única forma de derrotar esse governo é a luta e a mobilização dos trabalhadores” frisou.
Sergio Nobre destacou que as centrais sindicais aprovaram o indicativo 30 de junho como a data da próxima Greve Geral. A data será referendada por categorias em plenárias e assembleias estaduais. A preparação começa imediatamente e o esquenta, com participação de todos os estados, está marcado para o próximo dia 20, com panfletagem e diálogo com a população pela manhã, e atos durante a tarde.
Reina expectativa diante do agravamento da crise no governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB) é de que o movimento supere a Greve Geral do dia 28 de abril, aponta o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
"A mobilização dos trabalhadores definirá o rumo do país, se Temer fica e se, caindo, teremos escolha democrática com participação do povo. O clima nas bases é de transformar esse mês de junho num período de resistência. Faremos assembleias nas portas de fábrica e participaremos do ato unificado no dia 20 porque percebemos que o sistema político está tentando operar com ou sem Temer e, por isso, temos de fazer luta pelo Fora Temer, contra as reformas e por Diretas Já que nos permitirão não só resistirmos às reformas, mas também colocarmos o Brasil nos trilhos", ressaltou.
A programação prosseguiu no horário da tarde, com o Balanço do,Plano Nacional de Formação, período de março de 2016 a junho de 2017. A plenária contou com as participações das Escolas Sul, Sindical São Paulo, Sindical 7 de outubro, ECO/CUT, Nordeste, Chico Mendes e ETHCI. Logo depois, houve debates e reunião com educadores das escolas sindicais.