A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) e os movimentos sociais protestaram nesta terça-feira (7), contra a aprovação do Projeto de Lei 4330/2004 que modifica a regulação da terceirização de trabalhadores dentro das empresas. A saída do ponto de concentração do manifesto foi às 177h, a caminhada se estendeu até a Praça do Diario. Mais de dois mil trabalhadores participaram do manifesto, assim como representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Dois carros de som foram usados para guiar os manifestantes pelas ruas do bairro.
O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, foi enfático ao dizer que a "classe trabalhadora está sendo desafiada a partir para o ataque" e que "os empresários da elite brasileira partiram com tudo para cima dos trabalhadores", se referindo a PL4330 e até aos protestos anti-governo Dilma que reivindicam intevenção militar.
A dirigente do PT pernambucano, deputada estadual Teresa Leitão, discursou e afirmou sua presença como "orientação" nacional da legenda em prol dos trabalhadores. A petista criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), por ter desengavetado a PL4330 após tanto tempo em arquivo. "Ele (Eduardo Cunha), está se transformando num personagem bizarro da política nacional. A pauta dele não é a do Brasil, é a dos setores que o elegeram", indagou.
Na convocação que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez para o protesto contra as terceirizações, a entidade avalia que o projeto retira direitos da classe trabalhadora e dá aos setores patronais segurança jurídica para manter e ampliar a precarização das relações e condições de trabalho.
O projeto não dá garantias sobre a filiação dos terceirizados ao sindicato da atividade da empresa, e isso pode enfraquecer a organização dos trabalhadores terceirizados. Em seu site, a CUT afirma que "atualmente, 12,7 milhões de trabalhadores (26,8%) do mercado de trabalho são terceirizados. E os empresários querem ampliar ainda mais esse contingente de subempregados".