O resultado de três dias de intensos debates travados na primeira edição da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), realizada de 24 a 26 de maio na capital mineira, será a luta unificada em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade para todos os brasileiros.
Os educadores e educadoras querem influenciar nas eleições deste ano com propostas que coloquem luz no debate sobre a educação. A Conape buscou formas de resistir ao desmonte promovido pelo governo de Michel Temer, após sucessivos cortes orçamentários e a aprovação da Emenda 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, incluídos em educação, saúde e assistência social.
O Sinteepe participou da conferência dando sua contribuição nos assuntos da educação privada, que comporta mais da metade dos brasileiros e brasileiras em sala de aula. “A preocupação com o atual tratamento da educação, transformado em mercadoria por muitas instituições de ensino privadas, foi a tônica dos debates”, diz Manoel Henrique, coordenador do Sinteepe.
O cenário é realmente desalentador. O orçamento do Ministério da Educação (MEC) para 2018 possui praticamente o mesmo valor do reservado no ano anterior: 107,5 bilhões de reais. A Conape iniciou-se com uma marcha pela Liberdade do Presidente Lula. Nos dois dias que se seguiram, mesas de discussão encheram o pavilhão de exposições do Parque da Gameleira, com mais de 4,3 mil inscritos.