A mobilização foi realizada pelas centrais sindicais pernambucanas para dizer um basta à retirada de direitos do trabalhador.
Escrito por: Assessoria de Imprensa da CUT-PE • Publicado em: 11/08/2018 - 09:25 • Última modificação: 11/08/2018 - 09:44
'Dia do Basta' reúne milhares de pessoas no Recife
Milhares de trabalhadores (as) de braços cruzados, rodovias e vias urbanas trancadas e atos de rua tomaram conta do Brasil no Dia Nacional do Basta, realizado nesta sexta-feira, dia 10 de agosto, em diversas cidades brasileiras. Em Pernambuco, a mobilização foi realizada pelas centrais sindicais CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, Nova Central e UGT, para dizer um basta à retirada de direitos do trabalhador, contra o desemprego, as privatizações, os aumentos abusivos do gás de cozinha e dos combustíveis e os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias.
10 de agosto, o Dia do Basta começou com paralisações em órgãos públicos, nas estradas federais e estaduais, refinarias e escolas públicas. Já pela manhã, sete trechos das BRs 232 e 408 e das PEs 408 e 160 foram bloqueadas pelo MST e Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Na Região Metropolitana do Recife, mais precisamente em Ipojuca, os petroleiros e petroleiras pararam a Refinaria de Abreu e Lima, em Suape. A luta é pelo Brasil, pelo patrimônio que pertence aos brasileiros, para que os empregos fiquem no Brasil, contra retrocessos e ataques aos direitos.
Os bancários pernambucanos, que decretaram estado de greve na última quarta-feira (8), participaram do Dia do Basta. Desde às 10h, funcionários do sistema bancário cruzaram os braços em protesto pelos direitos trabalhistas. A categoria ficou paralisada até o meio-dia. Nesse intervalo, diretores do Sindicato dos Bancários de PE dialogaram,com funcionários e clientes sobre os ataques aos direitos da classe trabalhadora", comentou. Além disso, outras categorias trabalharam em horário reduzido. Servidores municipais, como os professores e os auxiliares administrativos, por exemplo, paralisaram suas atividades em adesão ao movimento.
À tarde, os sindicalistas se reuniram na praça da Democracia/Derby, num "Grande Encontro de Gerações", onde realizaram um ato unificado. Os trabalhadores e as trabalhadoras pediram a criação de políticas, programas e ações imediatas para enfrentar o desemprego e a revogação de todas as medidas do governo Temer que retiram direitos da classe trabalhadora e da população, como a EC 95/2016 - que congela investimentos públicos por 20 anos -, a reforma Trabalhista e a terceirização. Eles também exigiram o retorno da política de valorização do salário mínimo e defenderam a liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência da República.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Rocha, é preciso impedir reformas que prejudiquem os trabalhadores. “Derrubar o pacote do presidente Michel Temer é prioridade. Ele está retirando direitos e hoje são quase 14 milhões de brasileiros desempregados. A ideia é juntar as categorias, pois o desemprego atinge a todos”, disse Rocha.
Nos cartazes, faixas e banners foram exibidos durante a caminhada pelas avenidas da Conde da Boa Vista e Guararapes. Os manifestantes criticaram o governo Temer que aprovou a Reforma Trabalhista, retirando direitos históricos, conseguidos com lutas de muitos brasileiros e prejudicou milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Temer propôs a Lei da Terceirização, precarizando o trabalho e retirando também direitos de muitas trabalhadoras e trabalhadores. Além disso está vendendo nossas empresas públicas
(Eletrobras – Chesf - Embraer) e nossa riqueza natural (Pré-Sal – Minério), e está empobrecendo o País.
A caminhada se dispersou por volta das 18h30 na Praça da Independência. Centro do Recife.